O texto que compartilho com vocês foi escrito em 2004. Eu não era casada e não estava namorando. Em minhas reflexões acerca do casamento, anotei algumas ideias no papel. Arrumando os meus guardados, achei algumas anotações e resolvi transcrever aqui e deixar público. Sempre fui muito reflexiva e gostava de registrar os meus “insights”. Este texto representa o meu pensamento sobre relacionamentos. Longe de querer parecer impositiva ou autoritária e de tentar encerrar todos os aspectos inerentes a um assunto tão complexo, deixo claro que são as minhas impressões a partir das minhas vivências e observações. Quem sabe este texto pode inspirar você, leitor?
Eis o texto:
Em matéria de amor e relacionamentos, nos apaixonamos por pessoas que nos despertam interesses implícitos difíceis de serem expressos. Às vezes, um olhar, um gesto, uma parte do corpo, por mais inusitado que seja, associados às nossas expectativas intelectuais, anseios, perspectiva de futuro, tendo o outro como parte integrante, despertam em nós sentimentos. Esses aspectos juntos transformam-se em uma química que nos faz interessar pelo outro e querer conhecê-lo mais.
Não sabemos, deveríamos saber, se nos apaixonamos pela pessoa (intelecto, jeito de ser, idiossincrasias etc) ou pelo que ela representa (tem poder aquisitivo, tem nome bom na praça, é bonito(a), é influente etc) Ideal seria encontrar alguém por quem possamos nos interessar fisicamente, intelectualmente e também por tudo que ela representa.
Casamento feliz, creio assim, deve ser um misto de desejo (paixão) e admiração. O casamento até pode continuar, mas sem desejo, não há troca íntima e sem admiração, a relação se torna árida. Dentro do quarto ou em público, tais aspectos (desejo e admiração) são essenciais para que haja cumplicidade, respeito e amor.
(Escrito em 2004 por Patrícia Miranda Medeiros Sardinha, publicado em 29 de setembro de 2022)
Concordo com você, Patrícia! Um relacionamento saudável deve estar envolto por paixão e admiração.