As fake news (notícias falsas) são espalhadas pelas redes sociais por pessoas mal intencionadas.
Cuidado para não ser enganado e para não espalhar mentiras!!
Segundo salienta Anderson Mansera (2015), em seu artigo sobre “filtro bolha” e como elas afetam a sua vida online:
Tudo o que você gosta de ver e ouvir (…) quem você curte nas redes sociais, o que você compra nas lojas online, o que você joga no seu videogame, suas viagens, seus desejos, suas conversas por email ou mesmo no whatsapp; tudo isso está sendo monitorado 24h pelo grande olho da rede. Essa grande máquina social invisível … usa todos os dados coletados da sua vida digital para te oferecer tudo aquilo que ela considera relevante para você (MANSERA, 2015).
Tudo isso forma a nossa BOLHA social, ficamos rodeados e expostos a postagens e propagandas, que chegam para gente em nossas pesquisas no Google e em nossas redes sociais, com ideias e gostos muito parecidos com os nossos.
Existe um algorítimo que faz a leitura do nosso perfil a partir do que a gente curte, dos sites que a gente visita, das pessoas nas redes sociais com quem a gente interage ou segue e, então, esse algorítimo passa a nos recomendar/enviar propagandas e páginas em sites de buscas.
Um exemplo prático: quando um engenheiro de alimentos digita no site de pesquisa a palavra tapioca, os sites disponibilizados para ele serão diferentes dos sites que aparecem para um culinarista.
E qual é o problema disso?
As bolhas podem contribuir na proliferação das “fake news”.
Ficamos muito perto dos nosso iguais nas redes sociais, porém o mundo é feito de diversidades, pessoas são diferentes, pensam diferentes, agem de forma diferente. Esse é o mundo real.
Segundo Sastre; Correio, C.; Correio, F. (2018) no artigo sobre “A influência do “filtro bolha” na difusão de Fake News nas mídias sociais”,
Eventuais “fake news” que explorem o padrão do “filtro bolha” para a sua disseminação terão maior êxito, já que a pessoa não terá acesso a outras informações que poderiam contradizer ou até esclarecer os fatos. (SASTRE; CORREIO, C.; CORREIO, F., 2018)
A bolha nos isola no nosso mundinho e nos impede de saber e ver coisas que deveríamos ter conhecimento para compreender o que tem acontecido no mundo.
Ou seja, pode ser que você esteja compartilhando uma postagem somente porque agradou aos seus interesses, sem antes verificar se a mensagem é verdadeira, com isso você pode estar colaborando para a propagação de notícias falsas que geram mal estar em toda a sociedade.
Como nos prevenir das bolhas e das fake news?
- Interaja mais no “mundo dos vivos”. Saia um pouco do “mundo virtual”;
- Não fique fechado na sua bolha: converse com pessoas diferentes, ouça, respeitosamente, pessoas que pensam diferente de você;
- Pense bem antes de curtir uma postagem nas redes sociais. O algorítimo “está de olho” e vai enviar para você um monte de postagem parecida e você vai estar envolto por postagens semelhantes à sua opinião;
- Recebeu uma mensagem? Pesquise para verificar se ela é verdadeira antes de compartilhar;
- Antes de publicar em suas redes sociais, reflita: a postagem é verdadeira? É útil? É necessária? É inspiradora?
A autora Nara Takaki, em seu artigo publicado em 2012, nos ajuda a questionar as mensagens que chegam até nós.
Pergunte-se:
- Quem produziu a mensagem da postagem?
- Em nome de quem a história está sendo contada?
- Que outras vozes/perspectivas/realidades estão faltando nesta publicação?
- Quais são as implicações de cada interpretação desta postagem?
Enfim, cuidado para que você não seja um propagador de Fake News!
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Referências:
MANSERA, Anderson. Os que são as filter bubbles e como elas afetam a sua vida online. Disponível em: https://mobizoo.com.br/ curiosidades/o-que-sao-as-filter-bubbles-e-como-elas-afetam-asua-vida- online/, 2015. Acesso em 04 de jun. 2020.
SASTRE, Angelo; CORREIO, Claudia Silene Pereira de Oliveira; CORREIO, Francisco Rolfsen Belda. A influência do “filtro bolha” na difusão de Fake News nas mídias sociais: reflexões sobre as mudanças nos algoritmos do Facebook. Revista GEMInIS, São Carlos, UFSCar, v. 9, n. 1, pp.4-17, jan. / abr. 2018.
TAKAKI, N. H. Contribuições de teorias recentes de Letramentos Críticos para inglês instrumental. RBLA, v. 12, n. 04, p. 971-996, 2012.
(Publicado por Patrícia Miranda Medeiros Sardinha e Letícia Miranda Medeiros, em 06 de junho de 2020).